“– Meus sapatos? O que esta fazendo com eles? E o que é que você quer de miiiiiim??? respondeu ela já com a voz mais trêmula e já num tom desesperado por não estar conseguindo entender o que se passava ali.
Lágrimas já escorriam de seu rosto de novo
"- Eu vi quando você estacionou seu carro lá em cima e veio caminhando com os sapatos nas mãos até parar naquela árvore aonde você me viu. Só que nem percebeu que os havia deixado cair, alguns metros antes da árvore, notei que algo estava errado porque mulheres não caminham por aqui a noite, nem acompanhadas quanto menos sozinhas e quando se debruçou quase abraçando aquela árvore eu tive certeza de que algo estava muito errado, e pensei que estava passando mal ou ferida. Foi quando decidi me aproximar e aproveitei para recolher seus sapatos pra lhe devolver, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa você saiu correndo feito uma doida, tropeçando e quase arrancando as árvores que estavam no seu caminho, rs"
“- Muito engraçadinho você! Não vejo graça nenhuma, eu me machuquei!!!"
"Calma, moça. Me desculpe por rir, mas é que seu rosto esta todo sujo de poeira e a imagem de você correndo toda estabanada foi no mínimo curiosa."
Pronto! O estranho não era um tarado, mas era algum tipo de piadista barato que ainda teve a pachorra de rir da cara (toda suja, diga-se de passagem) dela.
“- Está doendo - disse ela segurando o tornozelo - E onde você estava me levando, e quem te deu permissão pra me pegar no colo? Eu sou uma mulher casada! E meu marido não iria tolerar um abuso destes."
"- Deixe-me ver seu tornozelo? E quanto a ter pegado você no colo, me desculpe, mas me pareceu uma idéia melhor do que deixar a bela adormecida ali sozinha no meio da noite com a cara enterrada na areia e eu a estava levando para o seu carro que, por sinal, acho que é aquele ali, não é? - e apontou para o sedan estacionado ha poucos