Olhou para trás e viu que seu carro estava muito distante, não tinha notado o quanto havia caminhado – na verdade, ela nem o avistava mais – quando se deu conta de que já estava tarde e que embora ninguém a esperasse em casa, já deveria ter retornado.
Foi quando Jacque teve umas das sensações mais assustadoras de toda sua vida...
Ao se virar de volta em direção ao rio, viu uma figura estranha muito próxima...
Era um homem alto, grande, usava chapéu tipo australiano e um casaco comprido, nem tanto quanto um sobretudo, porém, maior que um paletó comum.
Ele caminhava calmamente em sua direção, passos lentos, mas, decididos. Não olhava para os lados, apenas para ela, não desviava seu olhar, não lhe tirava os olhos como um caçador que avistara sua presa...
O coração de Jacque disparou e quase não se segurava no peito, sentiu um pânico terrível e uma vontade descontrolada de gritar, mas tudo que saiu de sua boca foi um quase inaudível : "meu Deus..." ...
E virou-se na direção que a levaria a seu carro tentando numa arrancada desesperada livrar-se daquela visão que tanto a assustava ...
Jacque estava em plena forma física, não era uma atleta, mas praticava esportes amadores, fazia caminhadas constantes, cuidava de sua alimentação, porque afinal os anos de casamento nunca a desencorajaram de se cuidar como mulher, contudo, o pânico que lhe tomou interferiu em suas ações e a deixou confusa, ela tentou correr, mas suas emoções a deixaram meio desajeitada e ela tropeçou numa raiz de árvore poucos metros depois de ter começado a fugir.
Para seu desespero, na queda ela se machucou e seu tornozelo doía como se houvesse uma torção, e seu rosto atritado junto ao chão de terra, o que além provocar dores que ela só sentiria no dia seguinte a deixaram com uma camada de poeira no lado
